A Glintt, especialista em consultoria e serviços tecnológicos na Saúde, tem em mãos um projeto pioneiro e inovador no IPO-Porto, que consiste na implementação do Globalcare na vertente clínica, orientado para médicos, enfermeiros e restantes profissionais de saúde. Trata-se de um Electronic Health Record - EHR - que o IPO batizou de "Mural-D". O conceito tem por base a partilha de informação clínica do doente em tempo real, entre os profissionais da instituição num único local. Esta é mais uma etapa no trabalho de parceria que a Glintt tem desenvolvido com o IPO-Porto e que começou muito antes do projeto "Mural-D". Desde 2007 que a empresa tem implementado uma componente clínica fundamental aquele instituto. Designa-se Circuito do Medicamento e envolve, nomeadamente, a prescrição médica, a validação e dispensa farmacêutica, culminando na administração ao doente. Posteriormente, implementou a solução Globalcare para a componente administrativa e de faturação, que permitiu estruturar e consolidar os processos-base do hospital. O desafio seguinte foi o EHR e assim nasceu o "Mural-D". No início de 2013, ficaria disponível quer a vertente médica quer a área de enfermagem. Para este projeto, a Glintt disponibilizou cerca de 30 colaboradores, alguns dos quais em permanência durante os dois anos em que decorreu a instalação daquele trabalho.
Otimização de processos
As vantagens do projeto e o impacto no IPO e na sua atividade são inúmeras, como explicou a Glintt. A começar pela desmaterialização e otimização dos processos e pela partilha de informação entre os diferentes profissionais de saúde. Ou seja, estes fatores contribuem para a melhoria dos cuidados de saúde que são prestados ao doente. A decisão clínica pode ser tomada em tempo real e permite a recolha de informação para análise. A solução Globalcare, com tecnologia web, foi implementada para suportar os principais processos hospitalares na área clínica. Estes processos foram desenhados e implementados em conjunto com uma equipa multidisciplinar de profissionais, nomeadamente médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de saúde, psicólogos e nutricionistas. Foram assegurados todos os processos desde o momento de referenciação, passando pelo atendimento e tratamento, até à alta clínica do doente.
Visão de futuro
O trabalho desenvolvido pela Glintt vai ao encontro dos objetivos do IPO-Porto que desde cedo teve uma visão alinhada com o conceito de "Hospital do Futuro", ao enveredar pela desmaterialização de processos e pela eliminação de papel. Além disso, a sua principal premissa foi sempre o acesso à informação clínica em tempo real, e em qualquer ponto do hospital, de modo a que os profissionais envolvidos pudessem atuar rapidamente e de uma forma devidamente informada. Uma tarefa em que tem contado com o know how dos profissionais da Glintt e que, pela natureza desta área, tem sempre continuidade ou não estivesse a área clínica em constante evolução. Também por isso, os desafios que se apresentam à empresa são constantes e o mais recente, como confidenciou a Glintt, prende-se com soluções multiplataforma que suportem a mobilidade dos profissionais de saúde.
Duas décadas de experiência
Com mais de 20 anos de experiência, a empresa já instalou as suas soluções tecnológicas em mais de 200 hospitais e clínicas. Já no sector farmacêutico são mais de 12 mil as farmácias que na Península Ibérica utilizam o software de gestão suportado pela Glintt. Sem esquecer a conceção e projeção farmácias, e a automação, infraestruturas e consumíveis que também disponibiliza para este mercado. Atualmente, a multinacional opera em seis países e conta com uma rede de 900 colaboradores. Além da área da Saúde, atua igualmente nas áreas de Serviços Financeiros, Telecomunicações e Administração Pública em vários países europeus.
Filipa Fixe