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Millennials: a (r)Evolução Tecnológica

miˈlenēəl: Indivíduo nascido entre 1980 e 2000, cujo início da vida jovem / adulta coincide com o começo do novo milénio.

A geração que abraçou a tecnologia como parte integrante da sua vida e que fez questão de a incluir no seu dia-a-dia. Tecnologia essa que, estando cada vez mais presente e disponível, é visível nos nossos escritórios, nas nossas casas, nos nossos carros (“Daqui a 25 anos, a norma será o Car Sharing e o Car Ownership tornar-se-á a anomalia” – Jeremy Rifkin, Economista) e, de uma maneira geral, um pouco por todo o lado. A realidade é que atualmente já não conseguimos sequer recordar-nos de certas tarefas ou momentos em que esta mesma tecnologia não estivesse presente (fosse ativa ou reativamente).


A civilização humana nunca conseguiu desenvolver-se tanto, em milhares de anos, como nos últimos 30. Mas esta rápida evolução levanta questões pertinentes e que serão, provavelmente, endereçadas pela Geração Y (ou Millennials): até onde irá o uso desta tecnologia? Até onde a poderemos desenvolver? Iremos enfrentar uma saturação da mesma? Perderemos conhecimentos anteriormente adquiridos (como o uso da lógica, matemática ou capacidade de escrita)?


Por mais pontos negativos que possamos associar a esta (r)evolução tecnológica sabemos que, no final do dia, beneficiámos em larga escala do uso generalizado dos nossos smartphones, dos nossos laptops e das nossas plataformas sociais e de comunicação. Passamos pelas nossas ruas e vemos um mundo a reinventar-se, e aquilo que “perdemos” dá lugar a algo mais simples, rápido e eficaz. Das farmácias aos bancos (72% dos Millennials utilizam uma App para aceder ao seu banco de preferência), dos supermercados aos postos de combustível, dos hotéis aos cinemas, iremos assistir a uma restruturação não apenas dos espaços físicos que anteriormente reconhecíamos, mas também na maneira como estas empresas estabelecem a relação com os seus clientes (44% dos Millennials preferem uma comunicação via mensagem de texto, sendo que 38% destes recorrem ao instant messaging).


O grande desafio dos Millennials irá ser conseguir continuar a desenvolver mais e melhor tecnologia, mas mantendo o contacto humano (a taxa de crescimento de jovens adultos que preferem jogar videojogos a interagir socialmente ronda os 50%), a troca de palavras cara-a-cara e a partilha de conhecimento de mão para mão. Se vai ser fácil? Provavelmente não. Mas o segredo estará na forma como iremos encarar o futuro que nos espera: o mundo mudou, com toda uma geração a enaltecer conceitos como: inovação, globalização e criatividade. O que estes conceitos têm em comum é o facto de que a tecnologia que lhes foi, entretanto, associada, permitiu avanços como nunca antes a Humanidade tinha visto, tanto em termos de novas competências como do tempo que demorávamos a adquirir as mesmas.


Chegou a altura de abraçar esta geração, com todas as suas virtudes e defeitos, e confiando-lhe a mais desafiante das tarefas: acompanhar uma sociedade que evolui a um ritmo mais rápido que o próprio tempo e continuar a manter aquilo que faz de nós humanos, porque um “Bom dia!” dito pessoalmente irá sempre marcar a diferença.

Diogo Mocho | Corporate Client manager