Luís Cocco é o sucessor de Nuno Vasco Lopes. A empresa portuguesa teve um volume de negócios consolidado que ultrapassou os 100 milhões de euros pela primeira vez desde 2010, no ano passado.

A Glintt – Global Intelligent Technologies teve um resultado líquido positivo de para 1.604 mil euros no ano passado, o que representa um aumento de 27,1% comparativamente a 2020 devido à melhoria na margem operacional, revelou a tecnológica esta sexta-feira, no relatório publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Ainda assim, o maior destaque vai para o volume de negócios consolidado, que ultrapassou os 100 milhões de euros pela primeira vez desde 2010, fechando o ano transato nos 102,6 milhões de euros, depois de ter crescido 11,9% em termos homólogos.
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 14,6 milhões de euros, mais 1,8 milhões de euros (ou 13,9%) do que no primeiro ano da pandemia, o que a empresa da Quinta da Beloura justifica com a subida na faturação e a melhoria na margem bruta.
“Traduz o forte empenho da Glintt na obtenção de uma melhoria crescente das margens obtidas através de melhoria da eficiência operacional e de uma melhor adequação da oferta comercial aos clientes”, explica a multinacional especializada em tecnologia para a saúde, no relatório financeiro enviado à CMVM.
A Glintt apresentou ainda o nome do novo CEO: Luís Cocco. O sucessor de Nuno Vasco Lopes é licenciado em Administração e Gestão de Empresas, mestre em Business Administracion pela Harvard Business School e iniciou a carreira como consultor na McKinsey&Company, seguindo-se o Banco Santander de Negócios e a antiga Portugal Telecom. Na Glintt, está desde 2010 e exercia o cargo de diretor financeiro até ser promovido.
O novo CEO da Glintt garante que a empresa tem uma tesouraria e um baixo nível de endividamento que lhe permite continuar a investir este ano, apesar do contexto de incerteza que se vive com a inflação e aumento de preços devido à guerra na Ucrânia. A previsão é de que o volume de negócios e o EBITDA cresçam entre os 5% e os 7,5% e os lucros aumentem a uma percentagem até superior. Já o rácio de autonomia financeira está agora nos 40,4%.
“A instabilidade dos mercados financeiros e a perspetiva do aumento das taxas de juro estão a marcar o início deste ano. Estamos atentos ao desenrolar da situação económica atual e continuaremos a monitorizar os desenvolvimentos e possíveis impactos que possam surgir, nomeadamente ao nível do aumento de custos e de problemas na cadeia de abastecimento”, reconhece Luís Cocco. “No entanto, e com a informação disponível à data, não se perspetivam, neste momento, impactos diretos relevantes na atividade da Glintt apesar de ser expectável um impacto indireto por via da diminuição do crescimento económico”, garante.
Fonte: O Jornal Económico