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Portugal Ventures e Glintt fazem parceria para acelerar startups

A tecnológica portuguesa, cotada na Euronext Lisbon, vai investir cerca de 30 mil euros para afinar negócios que possam ser complementares.

A Glintt prepara-se​ para investir 30 mil euros num novo programa de aceleração de startups que conta com o apoio da Portugal Ventures (PV). A sociedade pública de capital de risco estará envolvida com sessões de mentoria, integração de painéis de jurados ou/e acesso a investidores. 

​O objetivo é que este programa seja lançado em Portugal e Espanha, no início de 2021, mas o estágio ao trabalho que será desenvolvido – sob a alçada do braço de inovação da Glintt, a Inov – foi realizado em julho através da terceira edição de um evento de pitches presenciais e online no qual a PV já esteve envolvida, ficando "encarregue" de levar as participações que mais se encaixariam no perfil da multinacional, ouvir os projetos que são apoiados em piloto pela Glintt, ajudar a perceber se há ideias ganhadoras e nas quais poderá estar interessada em investir.

Contudo, o namoro começou em 2012 quando a PV acelerou os contactos com a indústria. “É, para nós, vital. No passado procurámos fazer esse envolvimento através dos nossos contactos internacionais, procurando oportunidades quer para as corporate quer para as startups, mas sentimos que podíamos evoluir. Esperamos que esta relação – é a primeira que cremos de muitas – nos permita fazer um trabalho muito mais institucional, profundo e transversal às empresas”, explica Heitor Benfeito, diretor da área de Desenvolvimento de Portefólio da PV. Para a instituição, estes contactos mais diretos com o mundo corporate significam uma oportunidade de simbiótica, uma vez que essas equipas podem auxiliar no escrutínio de hipóteses de investimento e criar produtos específicos para responder às necessidades do mercado.

Da parte da Glintt, os programas conjuntos são uma chance de negócio e uma ocasião para investir, inovar em casa e deixar inovar. “Há projetos muito interessantes e temos uma ou outra ideia que estamos a seguir ao pormenor. Acreditamos que possam vir a ser para investir. Estamos a olhar com atenção”, adiantou Hugo Maia, diretor executivo da Glintt Inov. É o caso de uma plataforma multimédia de formação que a organização pondera utilizar para formações internas ou de produto para clientes. “É importante eliminar aquele defeito que as empresas têm de estar muito focadas no modelo de negócio e não olhar com um ângulo diferente para as oportunidades que existem (...). Se conseguirmos encontrar no mercado empresas que possam fazer aquele velho ditado de 1 + 1 ser superior a dois, para nós faz sempre sentido [fazer aquisições]​”.

As empresas acreditam que, em conjunto, os empreendedores podem criar valor, desenvolvendo pilotos e preparando-as para a entrada no mercado, no caso dos negócios mais recentes. No desafio do próximo ano, que se realizará ao longo de seis a nove meses, serão as startups de healthtech a estar em destaque, pelo que a Associação Nacional de Farmácias também foi convidada para se juntar. ​